A independência do Brasil, enquanto processo histórico, desenhou-se
muito tempo antes do príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos
nossos laços coloniais às margens do rio Ipiranga. De fato, para
entendermos como o Brasil se tornou uma nação independente, devemos
perceber como as transformações políticas, econômicas e sociais
inauguradas com a chegada da família da Corte Lusitana ao país abriram
espaço para a possibilidade da independência.
A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleão e escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmo antes de chegar à capital da colônia, o rei português realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo.
A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleão e escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmo antes de chegar à capital da colônia, o rei português realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo.
Do ponto de vista econômico, essa medida pode ser vista como um primeiro
“grito de independência”, onde a colônia brasileira não mais estaria
atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial. Com
tal medida, os grandes produtores agrícolas e comerciantes nacionais
puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo de prosperidade
material nunca antes experimentado em toda história colonial. A
liberdade já era sentida no bolso de nossas elites.
Para fora do campo da economia, podemos salientar como a reforma
urbanística feita por Dom João VI promoveu um embelezamento do Rio de
Janeiro até então nunca antes vivida na capital da colônia, que deixou
de ser uma simples zona de exploração para ser elevada à categoria de
Reino Unido de Portugal e Algarves. Se a medida prestigiou os novos
súditos tupiniquins, logo despertou a insatisfação dos portugueses que
foram deixados à mercê da administração de Lorde Protetor do exército
inglês.
Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o
príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de
uma junta administrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de
Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco que as
benesses econômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam.
Dessa maneira, grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a
ascensão política de Dom Pedro I à líder da independência brasileira.
No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento político.
Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.
Essa última medida de Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável. Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.
No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento político.
Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.
Essa última medida de Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável. Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.
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